Jacqueline Sato imprime um novo significado à palavra “defesa”: transforma carinho em mobilização concreta por meio da House of Cats, instituição que coordena com dedicação. O impacto do projeto é expressivo — mais de 2.800 gatos foram resgatados, tratados e encaminhados para lares responsáveis, evidenciando a eficácia do trabalho no combate ao abandono felino e a sua relevância social.
O movimento que deu origem à House of Cats nasceu de um gesto simples e afetivo. Ainda na infância, Jacqueline recolhia gatinhos de rua, movida por um instinto de cuidado que, com o tempo, se transformou em uma rede organizada de acolhimento. Hoje, a estrutura que começou de forma espontânea se desdobra em ações coordenadas, com protocolos bem definidos que incluem atendimento veterinário, vacinação, esterilização e processos rigorosos de adoção, acompanhados de entrevistas e visitas domiciliares.
Mais do que atuar sobre as consequências visíveis do abandono, Jacqueline encara o problema como uma questão ética, de saúde pública e de cidadania. Para ela, a presença de animais abandonados nas ruas é reflexo de um colapso silencioso, resultado de negligência coletiva e falta de políticas efetivas. Ao levar essa discussão para o centro do debate, a atriz desafia a sociedade a enxergar a causa animal para além da compaixão momentânea, entendendo-a como parte das responsabilidades de todos.
A rede que mantém a House of Cats viva vai muito além de um núcleo de resgates. Voluntários, lares temporários e doadores contribuem para a sustentabilidade do projeto, criando uma corrente de afeto que transforma histórias. Jacqueline reforça que ninguém realiza essa missão sozinho — cada ato, por menor que pareça, representa um avanço no caminho para um futuro mais responsável e humano.
O trabalho também reflete uma escolha pessoal de usar visibilidade como ferramenta de transformação. Conciliando a carreira artística com o ativismo, Jacqueline transforma entrevistas, eventos e redes sociais em plataformas para educar e mobilizar, inspirando outras pessoas a agir. Sua presença pública, aliada a ações concretas, amplia o alcance da causa e fortalece a ideia de que o cuidado com os animais é parte fundamental de uma sociedade saudável.
No simbolismo do Dia Mundial do Gato, o trabalho de Jacqueline Sato ganha ainda mais destaque. O resgate de milhares de vidas felinas não se resume a um número: é a prova de que o amor, quando aliado à organização e ao comprometimento, pode quebrar ciclos de abandono e indiferença. Sua trajetória é um convite para que cada pessoa repense sua relação com os animais e compreenda que a mudança começa nos pequenos gestos — gestos que, multiplicados, são capazes de transformar realidades inteiras.